9º Capítulo

-Mais, o que ela foi fazer lá?- perguntei curioso
-Olha Cody, acho que não sou a pessoa certa pra te contar sobre isso...
-Como assim cara?
-É um assunto muito delicado, e pessoal. Acho que quem tem que te contar isso é a (seunome).
- Você sabe quando ela volta?
- Acho que semana que vem.
-Ta bom cara. - falei
Por que ela não me disse nada? Que assunto é esse tão importante que ela foi resolver que não podia ter me contado? O que David sabia que eu não sabia?
Pensamento do Cody Off.


A semana havia passado rápido. Eu já estava no aeroporto pronta pra voltar para minha casa.
Nesse tempo que passei no Brasil, não tive noticias de ninguem. Estava totalmente desconectada  tudo o que se passava na Fundação.
Essa semana no Brasil me fez pensar em muitas coisas.
Eu estava voltando, bem pior do que fui.

-Chegamos!- minha mãe falou.
-Finalmente!- falei.
Não me entenda mal, eu amo o Brasil, mais esse tempo que passei lá foi muito ruim, lembra que eu disse que voltei bem pior? Então...
-Mãe, eu vou pro meu quarto, qualquer coisa, me chama.
-Ta bom filha.
Subi as escadas até o meu quarto.
Ah, Los Angeles! Como eu amo esse lugar! Apesar de não ter nascido aqui, vivi a maior parte da minha vida nesse lugar.
Tomei um banho, e dormi.


Acordei com o barulho do despertador.
Hora de ir pra Fundação.
Arrumei-me e desci as escadas.
-Bom dia filha!- disse minha mãe enquanto arrumava a sala
-Bom dia mãe!
-Nossa já vai sair?
-É, vou ir um pouquinho mais cedo pra Fundação.
-Ta bom filha, toma cuidado!
-Sempre!- falei pegando uma maça. – Tchau mãe!
Sai de casa e fui andando.
Cheguei à Fundação e fui direto pra cobertura. Aquele lugar realmente me dava paz.
Sentei no muro que dava pra rua. De lá, eu podia ver quase Los Angeles toda.
Do outro lado da rua, pude ver um menino loiro que vinha na direção da entrada da Fundação.
Cody, com certeza era ele...
Quando me viu, ele abriu um sorriso encantador que, mesmo de lá de cima, pude ver como ele estava feliz.
Alguns segundos depois, Cody já estava subindo as escadas ao meu encontro.
- (seunome)!
-Oi Cody!- falei. Estava feliz por ver ele.
-Onde você tava? Por que não me disse nada?
-Eu tava no Brasil, resolvendo umas coisas. E eu não avisei antes porque fui pega de surpresa, eu não sabia que teria que viajar.
-Ah, mais o que você foi fazer lá no Brasil?
Nesse momento eu estremeci.
-O que aconteceu? – droga, ele percebeu!
-Cody, é uma história longa...
-Mais eu quero saber, eu quero te ajudar, seja o que for!- ele disse pegando na minha mão.
Respirei fundo e comecei:

                                   *FlashBack ONN:*

Estavamos dentro do carro, minha mãe eu e meu pai.
Havíamos acabado de sair do teatro onde eu tinha ganhado o premio de melhor bailarina.
Meu pai estava muito alterado. Ele não gostava de ir às minhas competições, não gostava que eu dançasse.
Ele dizia que aquilo tudo era uma grande besteira, que eu não teria fututo...
Diga isso a uma criança de sete anos, diga a ela que seu sonho nunca vai se realizar... Isso dói, e muito. Principalmente vindo de uma das pessoas que você mais ama.
Minha mãe estava feliz, e muito. Ver a sua garotinha ganhar o premio de melhor bailarina de um festival era um sonho se tornando realidade.
Mais meu pai, continuava frio, como um cadáver no banco do motorista. Não falava nada, nem um “parabéns filha” eu ganhei dele.
-Amor, não vai dar os parabéns à (seunome)?- minha mãe falou
-Pra que? Essa menina não fez mais que a obrigação dela! Fica o dia todo naquela escola de dança maldita, tinha que pelo menos me dar um pouco de lucro!
-Não fale assim da sua filha!
-Eu falo o que quero! É você que tem que ficar quieta! Eu sei que ela não vai ter futuro com essa coisa de dança! Não tem talento!
E eu continuava ali, ouvindo tudo o que ele falava. Até que não aguentei mais.
- EU TENHO TALENTO SIM! TENHO MUITO MAIS DO QUE VOCÊ IMAGINA! POSSO NÃO SER A MELHOR DO MUNDO, MAIS PELO MENOS NÃO FICO ESTRAGANDO O SONHO DOS OUTROS! EU VOU SIM SER UMA GRANDE BAILARINA, E VOU JOGAR NA SUA CARA! E TUDO O QUE VOCÊ FALA AGORA NÃO VAI TER VALOR NENHUM!- falei quase explodindo.
-MENINA, ME RESPEITE, EU SOU O SEU PAI, E SEI QUE VOCÊ NÃO VAI CONSEGUIR!- ele falou ainda olhando pro volante.
- EU NÃO RESPEITO MAIS VOCÊ!
E então ele se virou...

                                           *FlashBack OFF:*

-(seunome), pode para se quiser...
-Não Cody, agora eu vou até o fim!

                                         *FlashBack ONN:*
Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, houve um clarão.
Nós colidimos com um caminhão.


Depois disso, eu só me lembro de estar em uma cama de hospital.
Uma moça, provavelmente uma enfermeira veio falar comigo.
Ela me levou até outro quarto e depois foi embora.
Era o quarto do meu pai.
Com dificuldade, andei até a cama que ele estava.
Ele abriu os olhos e começou a falar:
- Olha o que você fez comigo sua idiota. Por sua culpa eu estou aqui, e vou morrer! Mais saiba de uma coisa, de onde eu estiver eu vou lutar pra que você nunca consiga ser uma bailarina. Você nunca vai conseguir! E só mais uma coisa, você não é minha filha! Eu nunca desejei que você nascesse. Nunca!
Depois daquilo, eu não consegui mais ficar naquele quarto.
E naquela noite, ele se foi...
                                *FlashBack OFF:*


Oii gente! Queria agradecer a todos os comentários, eu fico muito feliz de saber que tem gente lendo!
O imagine está bom? Cometa aê xuxuzin, quero saber o que vocês estão achando! Não me matem de curiosidade! ;)
Ah, e desculpem a demora pra postar, é que a minha apresentação de dança ta chegando (dia 03) *oo* e eu tava ensaiando muito, por isso não tive tempo de escrever, e eu tbm tive um bloqueio criativo: S mais tá aê, espero q tenham gostado ;)